Foi divulgado um novo relatório pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão científico que assessora a ONU sobre o aumento das temperaturas. O documento apresenta cinco informações-chave obtidas em pesquisas realizadas nos últimos cinco anos. Uma das informações mais relevantes é que, segundo o estudo, é muito improvável evitar que o mundo aqueça mais de 1,5 °C. Apesar dos governos terem concordado anteriormente em agir para evitar esse cenário, o mundo já aqueceu 1,1 °C e é provável que ultrapasse 1,5 °C ainda na década de 2030, mesmo diante de todos os discursos políticos. O relatório enfatiza a importância de discutir como reduzir as temperaturas depois que o limite for ultrapassado.
O relatório síntese destaca cinco principais conclusões:
O uso de combustíveis fósseis é o principal impulsionador do aquecimento global.
O aumento da temperatura global da superfície desde 1970 foi o mais rápido registrado em qualquer período de 50 anos nos últimos 2000 anos.
Para manter o aquecimento global em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, é necessária uma redução profunda, rápida e sustentável das emissões de gases de efeito estufa em todos os setores.
Para alcançar essa meta, as emissões globais devem ser reduzidas pela metade até 2030 e até 99% até 2050, de acordo com os cálculos do IPCC.
Apesar da crescente conscientização e políticas, os níveis atuais de financiamento para o clima são inadequados, e a mudança climática está afetando negativamente a segurança alimentar e a segurança da água, além de aumentar a mortalidade e as doenças por eventos de calor extremo.
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